Escultura “Peregrino”

Projecto Indigências | Igreja São José

 

Antes de mais, quero agradecer a presença de todos aqui na apresentação ao público, da escultura “Peregrino” nesta Igreja de São José. Quero agradeçer em especial, o convite feito pelo Padre Duarte Melo para participar neste projecto, bem como a ajuda de todos que colaboraram na realização desta iniciativa.

 

Abracei o projecto Indigências com a consciência de que com pequenos pasos todos podemos fazer algo para minimizar ou denunciar, situações e dificuldades que todos atravesamos nestes tempos de crise.

 

Neste momento, podemos afirmar seguramente, que as intenções deste projecto já ultrapassam em muito, as situações de Indigência que se constatam aqui no Campo de São Francisco. Momento este, em que a Igreja tem uma responsabilidade acrescida, à qual, a Paróquia de São José, responde com a apresentação deste projecto.

 

O projecto “Indigências” está em estreita sintonia, com as palavras do Padre, José Tolentino Mendonça (diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura), que afirmou recentemente, que: “A Beleza é fonte de significado para a vida”.

 

Neste contexto, penso que, cabe igualmente à Arte e aos Artistas, traduzir pela sua obra, este novo conceito de “Belo” e procurar este novo significado para a vida, nos tempos que vivemos.

 

Assim sendo, a Escultura “Peregrino”, assume-se não como uma estátua, no sentido figurativo do termo. Mas antes uma metáfora da ideia de peregrino, que aqui, graças aos sentidos implítictos pela arquitectura (uma igreja), pelo local (entrada), pelas circunstâncias que nos rodeiam (indigências do drama humano), permitiram-me “baptizar” esta escultura “sem título” de 2011, com um novo título e um novo sentido, o “Peregrino”.

 

Aqui a escultura, o “Peregrino”, faz a ligação entre o mundo espiritual, e o drama da vida humana. Uma provocação para uns, um desafio para outros. O que importa aqui é inquetar e perturbar. Despertar consciências, para a necessidade de se traduzir em obra, os valores espirituais face às necessidades da vida.

 

Resumidamente, a escultura traduz-se numa frase: O “Peregrino”, que procura consolo espíritual perante as indigências da vida, caminha para o Templo.

 

Obrigado a todos.

Daniel Oliveira